segunda-feira, 26 de outubro de 2009

METRÓPOLE A TRAJETÓRIA DE UM ESPAÇO CULTURAL

Carlos Henrique Rangel e Cristina Pereira Nunes – Historiadores

Em 1993, a Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte promoveu o Projeto Agenda Metrópole para celebrar a memória do Cine-teatro Metrópole, demolido em 1983. O projeto teve como proposta sensibilizar e mobilizar a sociedade para as questões referentes à importância do Patrimônio Cultural e suas formas de preservação.

Integrando uma série de atividades realizadas pelo Agenda Metrópole, foi desenvolvida uma pesquisa histórica visando o resgate da trajetória do importante espaço cultural construído no centro de Belo Horizonte, na tradicional rua da Bahia, palco da vida boêmia e cultural da cidade. Desse trabalho, resultou a publicação “Metrópole, a trajetória de um espaço cultural”, lançada pela Secretaria Municipal de Cultura. Agora, passados mais dez anos deste triste acontecimento, relembramos a história para que de certa forma ajudou a formar uma nova consciência preservacionista em Belo Horizonte.



Belo Horizonte assistiu à inauguração do Cine Metrópole com o brilho do filme a cores: o cinema entrava em sua era de ouro. Do moderno da fachada, apresentada nessa fotografia, ao equipamento, o Metrópole sintetizava, até em seu emblemático nome, o traço cosmopolita da modernização pela qual Belo Horizonte passou sob a batuta do prefeito Juscelino Kubitschek. Assim, em 1942, o Cine Metrópole abriu suas portas, oferecendo ao público seu primeiro sucesso de bilheteria, o filme "Tudo Isso e o Céu Também". Nos anos que se seguiram, esse cinema foi transformado numa movimentada casa de espetáculos musicais e teatrais onde, em 1944, se realizou o primeiro concerto da nova Orquestra Sinfônica de Belo Horizonte. Encantando gerações inteiras, o Metrópole ofereceu a Belo Horizonte 41 anos de comédias, canções, romances e aventuras.

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